quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Biografia de Robert Hooke


Robert Hooke

FÍSICO INGLÊS (1635-1703)
Embora estudasse na famosa Universidade de Oxford, Robert Hooke provinha de uma família sem grandes posses e precisou trabalhar no refeitório da escola para se manter, o que, aos olhos da sociedade da época, era considerado depreciativo. Sua habilidade para construir aparelhos mecânicos, no entanto, levou-o a ser convidado para trabalhar com Boyle e para ocupar o cargo de "administrador das experiências" na Royal Society, a mais importante sociedade científica inglesa. Ao longo de toda a sua vida, porém, seus contemporâneos o descreveram como briguento, anti-social e provocador de polêmicas. Sua paixão em participar de debates ferrenhos (especialmente contra Newton, sua vítima favorita) também passaria à história, juntamente com seu trabalho.
Hooke estudou o comportamento das molas, descobrindo inicialmente que um corpo preso a uma mola espiral, ao receber a ação de uma força, passa a oscilar com períodos de tempo sempre iguais, não importando a amplitude do movimento. Essa descoberta levaria à utilização de molas espirais em relógios, permitindo não só a eliminação dos pêndulos, até então obrigatórios, mas também o aumento da precisão desses instrumentos.
A seguir, esse estudioso deduziu, em 1678, a lei física até hoje conhecida como !ei de Hooke, segundo a qual a força que faz uma mola (ou qualquer sistema elástico) retornar à sua posição de equilíbrio é proporcional ao afastamento em relação a essa posição.
Hooke ainda realizou estudos em outras áreas, como a Astronomia, chegando a descobrir uma estrela dupla. Esboçou uma teoria ondulatória da luz (só formulada mais satisfatoriamente por Huygens, mais tarde) e tentou desenvolver uma teoria da gravitação (tarefa na qual só Newton teria sucesso).
Hooke também foi responsável pela introdução da palavra "célula" na Biologia. Ele descobriu que, vista ao microscópio, a cortiça se mostrava constituída de uma série de pequenos espaços ocos, retangulares e alinhados. Como esses espaços lembravam pequenos cômodos, deu-Ihes o nome de células (ou seja, 'pequenas celas', em latim). Curiosamente, aqueles vãos eram de fato os remanescentes das células do vegetal quando vivo. Mais tarde, outros pesquisadores passariam a utilizar esse termo para designar as estruturas elementares dos seres vivos.
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