segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Galileu e a inquisição

Após quatro sessões de interrogatório, que duraram três meses, Galileu foi considerado "veementemente suspeito de heresia" pelo Tribunal do Santo Ofício. As acusações contra ele eram três: ter traído o compromisso, assumido em 1616, de abandonar a doutrina de Copérnico e de não mais ensiná-la de nenhuma maneira; ter afirmado o valor científico dessa doutrina, não se limitando a tratá-la hipoteticamente; e considerar essa doutrina como verdadeira e a ela aderir em seu foro íntimo , apesar de estar condenada pelo Santo Ofício. Assim, Galileu Galilei renegava sua certeza profunda de que a Terra não estava imóvel, no centro do mundo, no dia 22 de junho de 1633, utilizando as palavras "Abjuro, maldigo e detesto os citados erros e heresias." O Diálogo foi proibido e Galileu condenado à prisão perpétua. Além disso deveria declamar, uma vez por semana, durante três anos, os sete salmos da penitência. Foi obrigado, ainda a ler a fórmula de abjuração, em que renegava o sistema copernicano e prometia denunciar ao Santo Ofício "qualquer herege ou quem quer que seja suspeito de heresia". Entretanto, ao contrário da versão amplamente difundida mais tarde, o tratamento dispensado a Galileu foi excepcionalmente brando para os padrões da Inquisição. Durante todo o processo, ao contrário da prática então adotada, ele não ficou preso um dia sequer, não foi torturado, nem lhe foram mostrados os instrumentos de tortura. A pena de prisão ordinária foi comutada em prisão domiciliar no mesmo dia pelo papa e até a ordem de recitar os salmos pôde ser transferida para a filha de Galileu, que era freira. Não há termos de comparação entre esse processo e o de Giordano Bruno, o primeiro filósofo a afirmar a infinitude do Universo. Giordano permaneceu sete anos nas masmorras do Santo Ofício, foi barbaramente torturado e, ao final, queimado vivo numa praça de Roma, no ano de 1600. A Igreja agora aceita as idéias que condenou em Galileu; mas por que silenciou tanto tempo sobre o erro cometido? A humilhante condenação de Galileu foi uma tentativa desesperada da Igreja para salvar o sistema cosmológico geocêntrico. Esse método era uma peça-chave da escolástica, a grande síntese entre a filosofia de Aristóteles (século IV a.C.) e a doutrina cristã, que dominou o pensamento europeu durante toda a Baixa Idade Média (séculos XI a XIV). Sua condenação pela Igreja provocou décadas de silêncio e temor. Descartes, amedrontado, recusou-se a publicar seu tratado O Mundo, que só veio a luz em 1664, catorze anos depois de sua morte. O argumento da força vencera, momentaneamente, a força dos argumentos. O processo de Galileu permaneceu arquivado por nada menos de 350 anos. Só depois da extraordinária renovação representada pelo Concílio Vaticano II é que o papa João Paulo II autorizou o reexame do caso. Para isso, foi criada uma comissão de alto nível, constituida de religiosos e leigos, da qual fazem parte dois brasileiros, o biofísico carioca Carlos Chagas Filho, presidente da Pontifícia Academia de Ciência, e o físico mineiro Francisco Magalhães Gomes, um dos maiores conhecedores de história da ciência no país. Durante séculos, o caso Galileu foi um obstáculo nas relações da comunidade científica com a igreja. Esta não podia, porém, sob pena de um grande desgaste à sua autoridade, admitir abertamente seu erro cometido. Era preciso agir com se tudo aquilo não tivesse acontecido: esconder os fatos sob o pó dos arquivos. O confronto de Galileu com a igreja foi, essencialmente, uma luta em terreno cosmológico, entre o modelo heliocêntrico e o geocêntrico. Desenvolveu-se em duas etapas (1616 - 1633) e terminou com a derrota tática do cientista; mas, em termos estratégicos, a posição da igreja era insustentável. Galileu adota o sistema de Copérnico onde a Terra não era imóvel e movia-se em torno do Sol numa órbita circular.

Fontes :

http://minerva.ufpel.edu.br/~histfis/inquis.htm

http://www.internext.com.br/valois/pena/1633.htm

Relação entre Newton,Leibniz e Hooke

Em 1672, Newton foi eleito membro da Royal Society. Também neste ano, publicou o primeiro artigo sobre luz e cores no Philosophical Transactions of the Royal Society. Este artigo foi bem recebido pelos membros, porém Hooke e Huygens ainda tinham dúvidas sobre a teoria corpuscular da luz proposta por Newton. Talvez devida a contribuição e a importância que Newton tinha na época, a teoria ondulatória da luz foi retomada apenas no século 19.

A relação entre Newton e Hooke não eram das melhores. Desta forma, Newton se isolou da Royal Society. A muito custo, publicou o artigo Opticks (1704). Nele, Newton tratou da teoria da luz e cor, relatou sobre os anéis de Newton e sobre difração da luz. Para explicar algumas de suas observações, Newton necessitou usar o modelo ondulatório juntamente com o seu modelo corpuscular.


Fontes :

http://fisica.cdcc.sc.usp.br/Cientistas/IsaacNewton.html


http://www.ime.unicamp.br/~calculo/modulos/history/leibniz/leibniz.html